A expectativa da pílula mágica
Existe uma máxima que diz "quanto mais estudo, mais dúvidas eu tenho".
Uma máxima similar é atribuída à Sócrates
"só sei que nada sei"
Sócrates viveu na Grécia Antiga, em Atenas, entre 470 a.C e 399 a.C
O pensamento científico cartesiano nasce nesse período, implode e torna-se pagão no período da Idade Média, para renascer no RENASCIMENTO e permear nossa tomada de decisão desde o Século XIV.
Estamos no Século XXI, com muito orgulho de toda a trajetória de construção do conhecimento que desenvolvemos, registramos e passamos de geração à geração.
Porém, como pesquisadora e fisioterapeuta é impossível conclui o ano e não lembrar do quanto temos para orientar os pacientes e familiares.
A ilusão da pílula mágica, cirurgia mágica, procedimento mágico ainda é uma utopia presente no consciente de muitas pessoas que sofrem com dores e doenças complexas.
Negar a existência desses "pequenos milagres comprados" não deve ser visto como "jogar um balde de água fria"
Ser realista é identificar os recursos e avaliar a tomada de decisão com os recursos que temos disponíveis.
A frustração de passar pela "pílula mágica" e não ter resultado
é uma dor que SOMA, MULTIPLICA a percepção de dor e desamparo.
Não há uma cirurgia, um remédio que resolve o todo.
Se você está com dor, cuide-se para não tomar decisões precipitadas, sem ponderar riscos. Converse com pessoas que você confia. Pessoas com dor são vulneráveis.
Acreditar na pílula mágica é a acreditar na conclusão dos contos de fada.... "casaram e viveram felizes para sempre"
Texto de autoria: Juliana Barcellos de Souza, PhD
Fisioterapeuta
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